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Este vídeo pode ajudar em algum momento de espiritualidade.
Deixar-se encher da paz de Deus...
Este livro foi organizado por Ehard Gerstenberger e Luiz Alexandre Rossi, meus professores na PUCPR.
O Cap. 3 - Realeza, dominação e esperança - Sl 2, é de minha autoria.
Confiram!
O Cap. 3 - Realeza, dominação e esperança - Sl 2, é de minha autoria.
Confiram!
Texto de Valéria Andrade Leal
O mês de junho é dedicado ao Coração de Jesus. Na
sexta-feira da semana seguinte à festa de Corpus Christi, é celebrada a festa
do Coração de Jesus. Trata-se de uma devoção estreitamente ligada à Eucaristia
visto que na Hóstia consagrada encontramos o coração pulsante de Jesus, como
atesta o milagre eucarístico de Lanciano (séc. VIII). A devoção tem raízes
bíblicas e remonta às primeiras comunidades cristãs que viram no lado aberto de
Cristo uma fonte de graça que jorra para a vida eterna (Jo 19,33-37; 4,14).
Neste mês de julho, mais uma vez
somos interpeladas pelo Senhor a reexaminar nossa opção por Ele. Nossa vida
consagrada é processo de constante conversão, constante mudança de direção: do
caminho que afasta, para o caminho que nos aproxima de Deus.
Para rever a rota, somos
convidadas a nos deixar guiar pelo Evangelho de Lc 12, 13-21.
A falta de diálogo[1]
Geralmente, esta parábola tem sido intitulada “Parábola do rico
insensato”. A palavra “insensato” só aparece no v. 20; ademais, seria
empobrecer a mensagem da parábola pensar que o problema do personagem consiste
unicamente na acumulação de bens e numa maneira de possuir mais, totalmente
estranha à fé em Deus. A parábola tem alcance muito maior. O verbo “dizer” é
repetido várias vezes (vv. 17.18.19), num monólogo do personagem único,
solitário e sem próximo. Esta observação, e se é necessário, pode nos levar a
intitular a parábola deste modo: “O esquecimento fatal do diálogo”.
Esquecimento do diálogo com Deus, no que concerne ao rico proprietário
(vv. 16ss), e do diálogo entre os dois irmãos acerca da partilha dos bens (vv.
13-14). O v. 15 faz a transição entre o pedido de arbitragem de um dos irmãos e
a parábola.
A palavra traduzida por “ganância”, no v. 15, em grego exprime uma
vontade de ter superioridade, um desejo de poder: “... pois mesmo que se tenha
muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens” (v. 15).
Este texto nasceu de um trabalho que tive que fazer no meu curso. Era para ser estudado e acabou sendo rezado.
Ao ler os Evangelhos e todo o Novo Testamento encontra-se
uma mensagem de amor. Amor que é relação entre pessoas que se consideram iguais
em dignidade, merecedoras do mesmo respeito, de acolhida, de compreensão, de
perdão. Em João temos a grande lição e o mandamento: “amai-vos uns aos outros
assim como eu vos amei” (Jo 15, 12) e ainda: “Ninguém tem amor maior do que
aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Nas cartas de Paulo, de João,
de Pedro, de Tiago encontram-se admoestações e conselhos para a vida em
comunidade. Existe a clara compreensão de que seguimento de Cristo se faz em
comunidade e pela comunidade, pois é justamente na convivência que se coloca em
prática os ensinamentos do Mestre que não era um eremita, um solitário, mas
alguém comprometido como outro, especialmente os mais fracos.
Ora, o cristianismo nasce comunitário, desenvolve-se
comunitariamente formando a Igreja lugar de colocar em prática o mandamento do
Senhor. Qual a raiz de tudo isso? A Igreja é obra da Trindade que é comunidade
e antes dela, a própria humanidade foi criada à imagem do Deus Trino. O ser
humano é chamado à comunhão porque criado por um gesto de amor infinito de um
Deus que não é para si mesmo, mas que é amor e amor implica em abertura ao
outro, acolhimento, serviço. Como diz Bruno Forte (1994, p. 19) “para amar, é
preciso que haja pelo menos dois, em relacionamento tão rico que se abra ao
outro”, assim, “Deus é comunhão de três, o Amante, o Amado e o Amor recebido e
dado” – Pai, Filho, Espírito Santo.
A humanidade, então, é fruto desse amor Trinitário que
transborda e quer comunicar-se. Assim, a pessoa e o mundo são o palco onde a
Trindade apresenta essa história de amor.
Mais que conceito, dogma, a Trindade é amor, ou melhor,
experiência de amor que transborda do Coração de Deus para o coração humano. Ao
“deixar-se amar, aceitando o amor” (Forte, 1994, p. 22) o ser humano, amado, é impelido
a amar, ou seja, a sair de si mesmo em direção ao outro para servi-lo,
acolhê-lo, sentir com ele as alegrias e as tristezas, tornando-se participante
da obra redentora da Trindade para o mundo num ato de fé incondicional, de
retribuição que é gratidão.
Desta forma, viver a fé em Jesus Cristo, fé que é adesão
livre e plena, incondicional, é deixar-se transformar pelo amor do Pai que se
revela na história, movido pelo Espírito que “torna presente a caridade de Deus
em nossos corações” (Forte, 1994, p. 20) e fazer-se pedra para a construção
desse Reinado de amor sobre a humanidade.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. A Santíssima Trindade é a melhor Comunidade. São Paulo: Vozes,
1989.
FORTE, Bruno. Introdução à fé. Aproximação ao mistério de Deus. São Paulo:
Paulus, 1994.
TILLICH, Paul. Dinâmica da Fé. São Leopoldo: Sinodal, 2002.
Madre Clélia ensina: “Permaneça,
o tempo que puder, com Maria Santíssima, aos pés de Jesus Cristo, e ouça o que
Ele lhe diz. Cuidado, para que os seus inimigos (o maior dos quais é você
mesma) não impeçam este santo silêncio; e saiba que, ao buscar o Senhor com seu
intelecto, para repousar Nele, não deve estabelecer limites nem confrontos com
a sua débil imaginação, porque Ele é infinito em toda a parte. Você o
encontrará, no recesso de sua alma, toda vez que o procurar com sinceridade,
isto é, quando procurar realmente o Senhor e não a si própria.” (Um coração que
ama. Vol.2, p. 28)
Maria teve tal intimidade com Deus que pode ser escolhida
para ser a Mãe do Salvador. Madre Clélia é sábia e entende que precisamos
aprender com quem já trilhou o caminho do seguimento antes de nós, por isso, ao
apontar para Jesus não pode esquecer Maria. Com Clélia, convidemos a Santa Mãe
de Deus para nos ensinar a cumprir em tudo a vontade do Senhor.
Para meditação: Jo
2,1-11
Conversando com
Clélia: Querida Fundadora, com sabedoria nos aponta o caminho da santidade.
Sua intimidade com Deus nos inspira e suas palavras nos animam a percorrer como
Maria a estrada da fé, da entrega, do amor. Ensina-nos a ter maior intimidade
com Deus a ponto de gera-Lo em nossas palavras e ações e assim, ser sinal, aqui
na terra, do Reino de Deus que é paz e justiça.
Madre Clélia ensina: “Se é verdade que amas a Jesus, procura
que o amor transforme tua alma amante na pessoa amada do querido Jesus.
Obriga-o a
amar-te, querendo absolutamente fazer por seu amor o que Ele fez por teu amor.
Tu não
poderás dar a Jesus mais evidente testemunho do teu amor do que tornando-te
semelhante a Ele, já que não imitamos senão aqueles que amamos, justamente
porque o amor transforma o amante na pessoa amada.
Que grande honra para ti ser amada por Deus, viver como seu
divino Filho, falar… agir e sofrer como Ele…” (Ant. p. 166)
A experiência do amor transforma. Liberta o coração do
esgoísmo e abre-nos para o universo da alteridade. Compreender, acolher,
perdoar, confiar, são todas capacidades desenvolvidas em um coração capaz de
amar. O Coração de Jesus amou até as últimas consequências. Deu-se todo inteiro
por nossa salvação. Amando a Jesus somos convidadas a amar como Ele amou em
cada gesto, em cada palavra, a cada pessoa, especialmente nas circunstâncias
mais adversas.
Para meditação: Jo
13,1-17 ou 15,12-17
Conversando com
Clélia: Madre querida, estamos diante do Senhor suplicando a graça de um
amor puro, casto, capaz de imitá-Lo até mesmo na cruz. A escola do amor requer
perseverança, confiança e desapego de tudo. Já que percorreste esta estrada com
tanta disponibilidade ao Senhor, ajuda-nos querida mãe a estar nas mãos de Deus
para em tudo amar e glorificar o Coração de Jesus.
Madre Clélia ensina: “Perguntemos,
também nós, a Jesus: - Mestre, onde moras? -; e Ele nos responderá
benignamente, como aos discípulos: “Vinde e vede”.
Jesus os
conduz consigo e os entretém com sua dulcíssima conversação…
Quão rápidas
devem ter passado aquelas horas em tão querida e santa companhia!…
Mas não precisamos invejar sua sorte, pois podemos, quando
quisermos, entrar na casa de Jesus, entreter-nos familiarmente com Ele… Se
tivéssemos mais fé e desejo sincero de nos unir a Jesus e segui-Lo, a Igreja,
onde Ele habita, seria o lugar de nossas mais caras delícias, e aos pés do
Santo Tabernáculo passaríamos a horas mais belas de nossa vida.” (Ant. p. 170)
O Coração de Jesus pulsa vivo na Eucaristia. No pão e vinho
o Senhor se entrega a nós para ser nosso alimento, sustento de um povo a
caminho, protagonistas da construção do Reino. O amor à Eucaristia fez de cada
segundo da vida de Clélia um ato de adoração. Quão doce e sublime presença!
Clélia aponta para o Sacrário e mostra às suas filhas que não é preciso invejar
os primeiros discípulos, pois Ele se faz presente aqui, no meio de nós. E como
outrora aos discípulos Ele nos coloca no caminho do discipulado, continuadores
do seu projeto de salvação.
Para meditação: Jo
1, 35-39
Conversando com
Clélia: Querida Madre, dai-nos um amor ardente pelo Coração de Jesus que
pulsa da Eucaristia. Que vivamos eucaristizadas e nossa vida seja uma eterna
ação de graças pelo Reino que se faz presente aqui. Que cada comunhão nos
afervore e nos transforme em sinais visíveis da graça de Deus, por palavras e
obras. Ensina-nos a viver do Senhor, o Pão da Vida.
Madre Clélia ensina: “… quando ruge a
tempestade, refugia-te na cela do Coração de Jesus, e consola-te com a
esperança que suas promessas despertam, perpetuamente, em toda alma piedosa.
Ele disse: “Procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á”. Procuras ser toda
dEle, a força para cumprir o dever, a paz do coração, a alegria da consciência?
Reza e o encontrarás. Mas a principal oração seja a retidão,
a caridade, a caridade, a humildade, enfim, o exercício das virtudes que
devemos copiar, de modo especial, do Coração de Jesus.” (Ant. pp. 164-165)
A experiência do
abandono no Coração de Deus gerou em Clélia a certeza do cumprimento da Palavra
de Deus: “procurai e achareis”. A virtude da confiança ilimitada, provada e
experimentada, faz de Clélia uma testemunha viva de que o Coração de Jesus é
abrigo onde podemos nos refugiar. O próprio Jesus nos mostra o seu Coração,
abrigo seguro, onde, por meio da oração podemos nos esconder. Refugiar-se neste
Coração implica, no entanto, um compromisso de imitação de suas virtudes, pois
uma pessoa abandonada no Senhor, não olha senão para Ele; e como não imitá-Lo?
Ao refugiar-se com Clélia, na cela do Coração de Jesus,
deixemo-nos tocar por sua Palavra e encharcar nossa oração de confiança e de
esperança.
Para meditação:
Mt 7, 7-11
Muitas vezes ouvimos dizer que
vocação é chamado. Mas o que realmente significa ser chamado?
Em primeiro lugar cabe
lembrar-nos de que quando chamamos alguém, naturalmente afirmamos sua
existência, sua identidade expressa por seu nome. Deus chamou Samuel pelo nome (1
Sm 3,1-10), colocou-se lado a lado com Gedeão (Jz 6,11), dirigiu-se a Jeremias falando-lhe
se sua eterna eleição (Jr 1,4-8), manifestou-se a Isaías, que ouviu Sua voz
clamando por um mensageiro (Is 6,1-8).
ENTRONIZAÇÃO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NAS FAMÍLIAS
Acolhida: Espontânea
Dirigente: Iniciemos este nosso encontro familiar, invocando a presença da Santíssima Trindade:
Canto:
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui. (Bis) Para Louvar e agradecer / bendizer e adorar / estamos aqui Senhor, ao teu dispor/ Para Louvar e agradecer / bendizer e adorar / estamos aqui Senhor,/ Deus trino de amor.
Olá!!!
Esta caricatura foi um presente de um amigo que conheci em São Paulo, o Dalcio, mas ele é de Santa Catarina.
Para quem não me conhece. Tenha uma idéia de como sou. Quem me conhece, pode aproveitar para rir um pouco.
Fica com Deus!!!
A Ir. Roselâne enviou este lindo arquivo com texto e imagens das comparações usadas por Madre Clélia. Vale a pena conferir.
Pedagogia das imagens
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